MUDANÇA EM VISTA

No futebol é comum ouvirmos que em um time que está ganhando não se mexe. Pois, não a necessidade de alterar algo que esta dando resultado positivo. Deveria ser óbvio também que, não havendo o resultado esperado, seria necessário propor uma mudança sem surpresa para ninguém.

Na vida pública a ditadura é uma prática de governo totalmente antidemocrático. É condenável. Contudo, o poder corrompe as mentes humanas. E, mesmo que os projetos não estejam atendendo as necessidades dos interessados, pelo simples fato haver muita vaidade, apego aos cargos, os ocupantes das cadeiras sugerem até mudança na regra do jogo para perpetuação no poder.

Faço essa introdução para dizer que sou favorável as mudanças na Federação Paranaense de Futebol. Como disse, em time que esta ganhando não se mexe. Porém, se o time esta perdendo, algo deve ser feito e na cultura do nosso futebol o primeiro que deve sair é o técnico.

O atual mandatário, por mais boa vontade que tenha, e por mais que tenha encontrado o caos na sua chegada à federação, o resultado de sua administração de longe pode ser vista como de sucesso. Não vemos desenvolvimento em nenhuma área, pelo contrario vemos retração.

Não sei se o melhor caminho seria colocar um político, no caso do Ricardo Gomide, para tomar conta das coisas do futebol. Misturar política com futebol, no mínimo pode cheirar um acordo de interesses para benefícios futuros. Entretanto, entre a atual diretoria, esforçada, mas que nada conseguiu fazer em prol do desenvolvimento do nosso futebol e a possibilidade de termos uma nova mentalidade para oxigenar as idéias na “Casa do Futebol”, neste momento fico com a segunda opção. Espero que o Ricardo Gomide se for eleito, não decepcione a quem gosta de futebol neste estado.

Notícia Boa

Parece que o presidente Mario Celso Petraglia aprendeu com os próprios erros. Nos últimos anos optou por disputar integralmente o Campeonato Paranaense com seu time alternativo, (diga-se de passagem, de péssima qualidade), mas neste deve colocar seu time principal já nas próximas rodadas.

Comentei algumas vezes, que a providencia tomada pelo Atlético Paranaense, em aumentar o tempo de preparação do seu time no inicio de temporada era acertada. No entanto, precisava ser aprimorada e o melhor caminho seria disputar algumas rodadas do campeonato estadual para adquirir ritmo de jogo. Ficar sem jogar apenas treinado, nos últimos anos não deu muito resultado. Menos mal que houve um ajuste no procedimento e parece que vão acertar a rota. O Trio de Ferro precisa entender que o único título que temos reais chances de disputar é o de campeão paranaense. Declinar dessa possibilidade é burrice.

 

MAIS UM CLÁSSICO ATLETIBA

Um dos maiores clássicos do futebol brasileiro, o Atletiba, acontecerá no próximo domingo. Estarão em campo,  mesmo sendo impossivel afirmar quem tem o maior número de torcedores, as duas maiores torcidas do Estado do Paraná.

A rivalidade é muito grande. As duas equipes divergem até na data do primeiro confronto. Para o Coritiba tudo começa em junho de 1924, com vitoria dos “alemães” por 6×3. Contudo, o time da “aristocracia curitibana” diz ter vencido o primeiro clássico por 2×0 em abril do mesmo ano.

Desde aquele encontro no Parque Graciosa, passaram-se mais de noventa anos. São 361 jogos com ampla vantagem do Coritiba, o qual venceu 138 jogos. Já o Atlético obteve sucesso em 113 oportunidades.

Com o passar do tempo, houve o aumento do número de torcedores, e por consequencia, a disputa das equipes ficou ainda  mais acirrada. Por exemplo, para o Atlético Paranaense, o campeonato estadual não vale nada, coloca em um time alternativo, declina da disputa.  Mas, ja houve queda de treinador depois de uma derrota no clássico. O mesmo vale para o lado coxa branca, que, sempre entra em parafuso quando perde para seu principal rival.

Será um clássico, por alguns motivos, no minimo diferente. De um lado, veremos um time considerado titular, o Coritiba. Do outro, um time alternativo do Atletico Paranaense.

O Coritiba começou muito bem a competição, foram vitórias consecutivas, mas tropeçou na ultima rodada. Então, preocupa o seu torcedor porque a atuação contra o Foz foi muito abaixo da crítica.

O Atlético Paranaense jogou muito mal as suas primeiras partidas, entretanto, recuperou-se. As vitórias frente ao Paraná Clube e Prudentopolis nas últimas duas rodadas, faz com que o torcedor sonhe com uma vitória no clássico e uma arrancada na competição.

Não é uma forma de ficar em cima do muro, mas, pelos fatos apresentados, não vejo favoritismo para nenhum lado nesse confronto. Não sei qual Coritiba entrará em campo, se, aquele time elétrico das tres primeiras rodadas ou aquele indolente de Foz.

Tambem não sei se o Atlético Paranaense conseguirá jogar um bom futebol, pois, mesmo vencendo o Paraná Clube, tecnicamente foi inferior e vencer o Prudentópolis era obrigação.

 

Em tempo:

Estava pensando aqui, qual será a escala da “Radio do Céu” para cobrir o Atletiba neste final de semana? Peço humildemente a Deus autorização para palpitar na sua escala. Então, a jornada começará com o palpitão de Léo Pereira, depois a narração será dividida em três tempos de 30 minutos. Começa com Durval Leal, que entrega para Rosildo Portela, depois chega Lombardi Junior  aos 60 minutos para fechar o Show e fazer a festa.

Atrás das metas estarão Noel Pereira e Jurandir Carioca. No Plantão, a competência de Oldemar Kramer. Abertura de jornada, comando de intervalo será feito pelo Alexandre Zraik. E para dividir os comentarios com Silvio de Tarso está chegando um reforço de peso chamado Dionisio Filho. Será um espetáculo a transmissão.

Sem dinheiro, falido, mas com ego e vaidade em alta!

Sem dinheiro, falido, mas com ego!

A crítica situação financeira que vive o Paraná Clube não é novidade para ninguém. O que se vê, e já faz muito tempo, são inúmeras reclamações de atrasos de salários, imbróglio judicial por conta de ações trabalhistas, problemas com fornecedores, e, por consequência, a falta de recursos  para a montagem de um elenco de qualidade. E o pior, uma briga interna causada por egos e disputa de poder.

Porém, quando vi o choro do Marcos Vinicius e ouvi as suas declarações sobre a situação do Paraná Clube, eu confesso que fiquei muito mais preocupado.  Aquilo que vemos, sabemos e que imaginamos, (alias, o que não é pouco) é infinitamente inferior à realidade vivida internamente no clube.

Atualmente, e dói no torcedor saber disso, mas o Paraná Clube é um time com uma estrutura totalmente amadora, administrado por pessoas que têm boa vontade, mas que são despreparados para gerir um time de futebol profissional.

Falo da péssima estrutura do clube paranista e posso fazer uma comparação trazendo como exemplo o Trieste em Santa Felicidade. Um time amador da nossa cidade, contudo com estrutura muito melhor que alguns times do futebol paranaense. Possui uma base de formação de atletas que consegue revelar e colocar jogadores na seleção brasileira. Tem profissionais qualificados, paga em dia, tem marketing e expõe sua marca. O resultado dessa organização é a revelação de bons jogadores e por consequência retorno financeiro.

Pergunto: qual foi a ultima revelação que deu retorno ao Paraná Clube? Tiago Neves? Pois é, faz tempo. E tudo aquilo que  era para dar lucro ao clube, por ações, no mínimo mal explicadas deu um prejuízo de fazer um rombo nos cofres tricolores. Aliás, por que ninguém se preocupou em buscar mais informações sobre esse fato? Por que não fizeram consultoria para descobrir e dizer ao torcedor o que realmente aconteceu? Particularmente, não entendo como pode um clube criar um jogador, vender esse atleta e ao invés de receber um dinheiro você ter de pagar uma quantia vultosa para quem comprou. E o estranho que nem explica.

Pergunto também: onde estão os verdadeiros paranistas? Onde estão aqueles dirigentes irresponsáveis que colocaram  o Paraná Clube nesse buraco e que desapareceram? Não aparecem não se explicam e não ajudam, e que criticam aqueles estão tentando fazer alguma coisa, mesmo sem ter a competência necessária?

E mais, será que dentro do clube, no conselho, no meio da torcida não seria possível encontrar um bom administrador, empresário competente e que desse um murro na mesa, afastasse os atuais dirigentes e passasse a organizar o clube?  Porém, tenho uma duvida: como o comando do clube esta girando nas mãos do mesmo grupo e eles se revezam sem deixar espaço para mais ninguém, o orgulho e a soberba seriam deixados de lado abrindo espaço para alguém com uma mentalidade nova, com mais competência tomar conta do clube? A minha opinião é que eles preferem o fim do clube a entregar o poder, pois o ego é maior que o próprio clube.

Com tempo para trabalhar!

Uma das grandes reclamações dos nossos clubes, nos últimos anos, tem sido a falta de tempo para preparação de suas equipes para iniciar cada temporada. Pois, invariavelmente, nos últimos anos, os clubes retornavam das férias e imediatamente tinham de entrar em campo para jogar o campeonato estadual.

O Atlético Paranaense foi o precursor de uma prática que parece ter se tornado regra no futebol. Ou seja, ousaram em estender o tempo de preparação na busca de sucesso em toda a temporada. No primeiro ano dessa experiência deu certo, no ano passado nem tanto.

O Coritiba, em um primeiro momento seguiu o seu rival, porém, o resultado com sua equipe alternativa de longe foi o esperado. Já o Paraná premido por todas as dificuldades que vive, obrigou-se a colocar sempre o que tinha de melhor já nas primeiras rodadas.

Independentemente de quem esteja na vanguarda,  o importante é que os clubes, com a adoção dessa medida, podem fazer um melhor planejamento e por consequência obterem resultados mais interessantes nas competições que disputarão.

Esse tempo maior de pré-temporada fez com que os grandes clubes de Curitiba fizessem as suas estreias  no Campeonato Paranaense com resultados dentro de uma normalidade. Mesmo que os adversários tenham tido um tempo maior de preparação, os confrontos em termos físicos foram equilibrados. Nas vitórias da dupla Paratiba foi a técnica quem prevaleceu.

Assim, na primeira rodada, sem reclamações da falta de tempo para preparação, tivemos a previsível e provável vitória do Coritiba contra o Nacional, em Rolândia. O Paraná Clube, mesmo sem utilizar todos os seus principais reforços conseguiu passar bem pelo Prudentópolis. Contudo, a exceção da rodada ficou por conta do empate do Atlético no Oeste do Estado. O furacão, mesmo com seu time alternativo, tinha a obrigação de vencer, mas parou no bom time do Cascavel.