Dia de festa?

Há alguns anos, dia jogo da seleção brasileira era um dia totalmente especial. Era um dia de deixar todas as coisas de lado e ficar com um olhar vidrado na tela da televisão. Dava gosto de ver os jogos, vestir a camisa amarela e torcer pelo time canarinho.
Com o passar do tempo, com um aumento desenfreado no descaso dos nossos dirigentes, com a escassez de jogadores de qualidade, com a falta de boas apresentações e principalmente falta de conquistas, todos esses elementos fazem com que ver um jogo da nossa seleção deixe de ser uma prioridade ou um prazer.
Hoje é dia de jogo da seleção comandada pelo Dunga. Está longe de ser um programa imperdível, a não ser pelo fator profissional. Pois, por mais que esse time atual tenha conquistado vitorias nos últimos amistosos (já são seis seguidas), aquele vexame, ou melhor, aquele passeio da Alemanha em cima do time do Felipão ainda está engasgado na garganta do povo brasileiro.
Vivemos em um país com dimensões continentais e, como tal, obviamente se houvesse interesse, teríamos condições de criar formas de descobrir talentos e sermos imbatíveis no descobrimento de jogadores de alta qualidade.
É inconcebível que o Brasil tenha deixado de revelar jogadores, também tenha deixado de ser o celeiro do mundo e que apenas Neymar tenha destaque mundial. Não para aceitar que sejamos incompetentes para formar um grupo de 30 jogadores que estejam entre os melhores do mundo. E mais, que o Brasil não esteja no topo do ranking das melhores seleções mundiais.
O Brasil entra em campo logo mais contra a França e fico aqui me perguntando qual seria a lição que tiramos daquela humilhação sofrida na Copa do Mundo no Brasil. Algo já foi feito para melhorar a imagem do país em termos de futebol? Houve mudança em termos táticos? Continuamos nos achando os melhores do mundo? Sinceramente não vejo nada de mudança, tampouco interesse em mudar.
Assim, somente os profissionais, os críticos da CBF, críticos do técnico Dunga e os doentes por futebol vão deixar tudo de lado para sentar em frente à televisão para ver a seleção brasileira jogar.

Jogos decisivos!
Domingo será um dia especial, uma tarde de definições no futebol paranaense. Algumas certezas: já são sete os times classificados para a segunda fase, porem, com posições ainda indefinidas. Temos uma vaga em aberto, a qual será disputada por Atlético, Cascavel e Rio Branco.
Durante toda a semana, ouço e vejo comentários de que o time do Foz do Iguaçu seria o fiel da balança nessa disputa. O que me choca é que estão colocando toda a incompetência e o desinteresse do Atlético no Campeonato Estadual nas costas do time das três fronteiras.
O time treinado pelo competente Edson Borges não terá o direito de jogar mal e perder sem ser taxado de venal. Obviamente, pela conduta do presidente atleticano, o Foz do Iguaçu teria todas as razões de não se aplicar em busca de um resultado positivo. Mas não é assim, o futebol é realizado por 99,9% dos profissionais extremamente sérios e comprometidos com a sua profissão.
Tenho absoluta convicção que o Foz entrará e campo e buscará a vitoria e nem vai se lembrar que o Atlético precisa do seu resultado positivo. Entretanto, precisamos deixar claro que o time tem todo o direito de jogar mal e terá pela frente o um adversário que também precisa do resultado para conquistar sua classificação. O Foz do Iguaçu fez por merecer a sua classificação e é inadmissível que seja questionada a sua moral em um eventual resultado negativo e por conseqüência a eliminação do Atlético.

Apito amigo causa prejuízo

O futebol é a coisa mais importante dentro daquelas consideradas as menos importantes. É uma parte da sociedade em que o ladrão, depois de praticar seus atos ilícitos, consegue deixar a cena do crime escoltado e protegido pelos policiais. O que se viu em Londrina, na última terça feira, no estádio do Café, no jogo entre Londrina e Santos pela Copa do Brasil, foi vergonhoso, uma verdadeira covardia. O árbitro da partida operou o time da casa sem anestesia. O time da casa perdeu o jogou por conta de um pênalti marcado, mas que não houve.

A arbitragem do futebol brasileiro há tempos é muito fraca e decepciona a cada partida realizada. São incontáveis os erros, por conseqüência várias reclamações dos prejudicados. Porém, não se vê nenhum tipo de movimentação dos poderosos para resolver ou pelo menos minimizar esses fatos lamentáveis e que prejudicam o futebol. Isso deixa os torcedores muito chateados e traz inúmeros prejuízos financeiros para os clubes de futebol.

Não entendo que os erros de arbitragem sejam decisivos de maneira direta em todos os jogos. Mas uma falha como houve em Londrina pode mudar, como mudou o rumo da partida — mexeu com a cabeça dos jogadores que encaravam o time do Santos de igual para igual.

Na real, os comandantes do nosso futebol deveriam rever alguns dos seus conceitos mais ortodoxos. Dever-se-ia observar as tendências mundiais em todas as atividades esportivas e adaptar ao futebol. A tecnologia disponível seria muito bem vinda ao esporte mais popular do mundo. Por que não recorrer aos recursos imagem quando de uma marcação polêmica para evitar o erro?

Obviamente, sempre haverá erros no futebol. Os árbitros são humanos e como tal estão sujeitos a cometer equívocos, independentemente de qual medida seja tomada. Entretanto, algo deveria ser feito. Não podemos mais aceitar que esses fatos que desmotivam os torcedores e diminuem a credibilidade do nosso futebol continuem a serem tratados com descaso ao invés de serem enfrentados.

Erros e acertos
O Atlético Paranaense esta de técnico novo, de novo. Já é uma prática comum nos últimos anos, há uma fórmula mágica para realizar as suas pré-temporadas e quando os resultados não aparecem o treinador é demitido.

Claudinei Oliveira já faz parte do passado e o trabalho iniciado por ele foi jogado no lixo. Os números do antigo treinador não eram positivos, não o ajudavam. Só que no Atlético Paranaense os números não são sinônimos de garantia de permanência no cargo. Lembra do Geninho? Pois é, o técnico campeão brasileiro foi demitido em 2011 com números muito favoráveis.

Houve um avanço nesta temporada. Aquele projeto de começar o campeonato regional e terminar com seu time alternativo, enquanto o time principal só treinava, foi abolido. Fizeram o correto na concepção da ideia, mas erraram na execução.
O correto seria utilizar os dois elencos de forma alternada, independentemente dos resultados. Contudo, para quem declina da conquista do título paranaense, as derrotas iniciais e a péssima campanha fizeram com que os diretores do clube mudassem de ideia e errassem mais uma vez. A viagem para a Espanha serviu apenas como uma extensão das férias dos jogadores titulares.

Com relação à contratação do Enderson Moreira, em princípio, eu gostei. Pode ser que dê certo, mas, por favor, não queiram interferir no seu trabalho de campo e não o atrapalhem fora dele.

Abnegação pelo futebol e pelo radio esportivo!

Passei mais de trinta anos morando em Telêmaco Borba vivendo ótimos momentos da minha vida antes de resolver morar na cidade grande. Sempre trabalhei com outras coisas e não tive oportunidade de experimentar ser narrador de futebol na minha cidade e acompanhar o esporte paranaense.

Por alguns motivos, após quinze anos em Curitiba estou de volta ao interior do estado, agora como profissional de radio, narrando futebol pela radio Central / Mundi FM de Ponta Grossa. Tenho observado como sofrem os companheiros de trabalho para acompanhar os times considerados pequenos. Assim como é difícil fazer futebol profissional sem as receitas que os grandes clubes têm, as dificuldades de fazer coberturas esportivas pelo radio estão nas mesmas proporções. A realidade do interior também é muito diferente da realidade dos profissionais do interior.

Assim como alguns clubes que disputam a competição paranaense, que são uma espécie de “semi-profissionais”, os profissionais de imprensa do interior, para não deixar essa paixão que são as coberturas esportivas morrer e para deixar os seus ouvintes bem informados eles são obrigados a fazer verdadeiras loucuras.

Como sofrem os profissionais que se aventuram a cobrir o Campeonato Paranaense. Não há “concentração”, as viagens não são nas vésperas das partidas e tampouco os radialistas se permitem reclamar de cansaço. O importante é fazer de tudo para levar até a casa dos ouvintes as mais claras informações do time local.

Assim, corta-se o estado de carro atrás de um jogo de futebol. São enfrentados os perigos das estradas com chuva, com sol, neblina. Às vezes são viagens de 24 horas no ar, no chamado “bate e volta”. Pois, quase todos os abnegados profissionais precisam estar nos seus prefixos no outro dia logo cedo pela manhã.

Essa nova experiência só faz aumentar a minha admiração e respeito aos profissionais que trabalham fazendo futebol pelo interior do Estado do Paraná.

É preciso gostar muito do radio esportivo para que uma pessoa saia de casa as cinco da madrugada e rode centenas de quilômetros, seja de carro ou encolhido numa van para transmitir uma partida de futebol. Pode ser que haja  chuva na hora da partida e terminado o jogo, muita das vezes com os pés encharcados e sem a possibilidade de tomar um banho, os profissionais terão de encarar a estrada por algumas horas antes de chegar em casa as quatro da manha, pois o dia já começa  logo as sete para uma nova jornada de trabalho. Com certeza tem de ter muito amor pelo radio e gostar muito de futebol.

Por isso, deixo aqui os meus respeitos aos profissionais que sustentam o radio esportivo no interior do Paraná. Quero destacar os guerreiros da radio Central/Mundi (Juca Francesquine, Leticia Cabral, Candido Neto, Valter de Souza), Difusora, (Jocelito Canto e Otacilio Junior) Mz FM (Jackson Carlos), Clube (Alceu Bauer, Paulino Ribeiro) e CBN de Ponta Grossa (Joel Brasilia), Brasil Sul (Vanderlei Rodrigues, Guilherme Lima, Dirceu Ribeiro) e Paiquerê de Londrina (Eduardo Cazarim, Sergio Ribeiro, Cleber Pontes), Rede Rádios ( Toni Cesar), Atalaia e Globo de Maringá (Milton Ravagnani, Dirceu Oscar de Matos), Colméia de Cascavel, Transamérica e Cultura de Foz, Radio Esperança e Copas Verdes de Prudentópolis, Litoral Sul (Gilmar Demarqui, Valdinei) e Ilha da Mel (Waldir Braz, Jair Junior, Patrick Gouveia), e também dos profissionais Difusora de Paranagua. Em Paranavai vemos a luta de Claudio Luiz, Ferreira Junior, Tito Costa e  Denival Pinto em Cianorte.

Perdoem-me aqueles que neste momento me fogem os nomes e ou ainda  tive ainda o prazer de conhecer.

Agora vai!!

A maior briga do Bom Senso F.C com os cartolas e alguns políticos que protegem dirigentes do nosso futebol é a de transformar o quase falido futebol brasileiro em algo viável e mais justo para os profissionais que militam neste esporte.

O objetivo desse grupo é promover o obvio. Fazer aquilo que empresas comuns e pessoas físicas são obrigadas a fazer. Os clubes devem cumprir as suas obrigações sejam elas fiscais ou trabalhistas. Então, em outras palavras, que os clubes gastem apenas aquilo que arrecadam.

Parece que já houve uma vitória para essa associação de jogadores.  Aliás, para o futebol brasileiro. A Confederação Brasileira de Futebol vai atender a uma solicitação da FIFA que determina punição aos clubes inadimplentes. Desta forma, como já acontece em alguns países da Europa, os clubes brasileiros, ao descumprirem essa determinação, poderão sofrer algumas penalizações.

Por esse motivo já incluiu no regulamento deste ano uma regra que vai punir equipes que estejam em débitos trabalhistas. Inicialmente, serão aplicadas advertências e multas, mas, se a inadimplência persistir, as equipes estão sujeitas a ficar até dois anos impedidas de adquirir novos jogadores, perder pontos e até serem rebaixados de divisão dependendo do caso.

Não sei como isso se dará na prática. Conhecemos muito bem o nosso povo, o nosso futebol e também o nosso STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que será responsável pelas punições. Meu medo é que não seja feita a justiça e em havendo a necessidade de atender algum clube que esteja em apuros, por conta de “abuso de autoridade” o mais fraco, o mais pobre no caso seja punido. Contudo, já temos um avanço e uma grande vitória do Bom Senso F.C.

Segue a guerra de vaidades!

Escrevi dias atrás, logo após ver o choro do dirigente do futebol paranista Marcos Vinicius que estava preocupado com a situação que vive o Paraná Clube. Também disse que havia coisa pior, uma briga interna causada por egos e disputa de poder.

Perguntei onde estavam os verdadeiros paranistas. E mais, onde estavam aqueles dirigentes irresponsáveis que colocaram o Paraná Clube nesse buraco e que desapareceram. Disse mais, que aqueles que estão tentando fazer alguma coisa, ainda não possuem a competência necessária.

Pois bem, parece que começaram a aparecer as pessoas que estavam entocadas. De uma forma totalmente equivocada mais apareceram.

Não é com um golpe, querendo desagregar, afastando pessoas legitimamente eleitas pelos sócios e conselheiros é que irão arrumar a situação. Repito, é hora de unir e não promover o caos.

Então existem duas situações: por um lado, o atual presidente deveria se despir da vaidade e entregar o cargo em beneficio do clube. Por outro, que façam uma nova eleição, que coloquem um presidente que seja do agrado de um grupo, mesmo que seja recheado de nomes que já estiveram no clube e nada fizeram e que agora chegam como verdadeiros salvadores da pátria.