O DESNÍVEL ECONÔMICO DO FUTEBOL BRASILEIRO

Vivemos em uma sociedade moderna, com procedimentos e atitudes bem peculiares. Fala-se muito em democracia, com liberdade para tudo e todos os tipos de ações, manifestações de pensamentos e com igualdade de direitos em todos os níveis sociais.

Entretanto, mesmo que vivamos em uma sociedade dita democrática, o que verificamos é uma enorme divisão de grupos econômicos, de pessoas e valores culturais. Há uma segregação mascarada e disfarçada com o nome de segmentação. Em alguns casos, para essa separação eu posso usar o termo “elitização”  ou aquilo que esta sendo chamado de “camarotização”.

Atualmente, tudo é dividido como sempre foi, independentemente de o modelo social. Por exemplo: os políticos mandam e o povo obedece. Existem ricos e pobres, patrões e empregados e a relação entre elite e os subalternos.

Fiz toda essa introdução pra dizer que o futebol brasileiro, aliás, o modelo econômico adotado para gerir o futebol não foge a regra da segmentação ou se preferir da segregação. Pois, há um tratamento muito diferenciado, em termos de valores, entre os chamados times grandes, os médios e os considerados pequenos. São valores astronômicos destinados á alguns poucos sortudos e valores irrisórios aos demais participantes da competição. Não há desta forma uma concorrência justa, não como disputar de forma equilibrada. E essa analise também vale para a competição estadual.

O futebol paranaense jamais estará entre os maiores clubes do Brasil, enquanto perdurar essa formula de distribuição dos valores das cotas de televisão, que separa, segrega, elitiza, “camarotiza” e promove o desnível das equipes. Obviamente que, uma vez ou outra poderá chegar a disputar títulos nacionais e será a exceção a regra. Mas, enquanto perdurar essa formula de distribuição dos valores das cotas de televisão o Estado do Paraná será apenas coadjuvante no futebol brasileiro.

Edilson de Souza

 

 

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